As quedas representam um dos principais fatores de risco para a perda de autonomia em idosos, sendo responsáveis por fraturas, hospitalizações e, em muitos casos, redução definitiva da mobilidade.
Em pessoas com instabilidade articular, condição em que as articulações não oferecem sustentação adequada durante o movimento, o risco de cair aumenta significativamente.
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Essa instabilidade pode ocorrer devido ao envelhecimento natural das articulações, presença de doenças como artrose, histórico de lesões ou mesmo alterações neuromusculares.
A dificuldade em manter o equilíbrio e a sensação de insegurança ao caminhar tornam-se comuns, o que exige cuidados específicos para garantir a integridade física e preservar a qualidade de vida.
Algumas medidas práticas e acessíveis podem ser implementadas na rotina para reduzir os riscos de queda. A seguir, confira orientações que devem ser consideradas com atenção por idosos, familiares e cuidadores:
Fortalecimento muscular como base para a estabilidade
O enfraquecimento muscular é um processo natural com o avanço da idade, mas pode ser minimizado com exercícios regulares. Músculos mais fortes oferecem sustentação às articulações e ajudam a manter o controle do corpo durante os movimentos.
Atividades simples, realizadas sob orientação de profissionais como fisioterapeutas ou educadores físicos especializados em geriatria, podem trazer benefícios significativos.
Exercícios com o próprio peso corporal, alongamentos e práticas voltadas ao equilíbrio (como sentar e levantar sem apoio ou exercícios em bases instáveis) são eficientes para esse propósito.
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Equipamentos de apoio
O uso de dispositivos auxiliares de marcha, como bengalas, andadores ou muletas, deve ser considerado parte do cuidado com a mobilidade e não um sinal de fragilidade.
São equipamentos fundamentais na prevenção de quedas, pois aumentam a base de apoio, melhoram o controle postural e oferecem mais confiança ao caminhar.
Bengalas são indicadas para casos de leve instabilidade, especialmente quando apenas um dos lados do corpo está mais comprometido.
Já andadores, com ou sem rodas, são mais apropriados para indivíduos com dificuldade generalizada de equilíbrio ou fraqueza muscular mais acentuada. Existem modelos com assento, cesto para objetos e travas de segurança, que podem facilitar bastante a rotina.
Adaptações no ambiente doméstico
Grande parte das quedas em idosos ocorre dentro de casa. Por esse motivo, o ambiente precisa ser cuidadosamente avaliado e adaptado para promover segurança.
Tapetes soltos, fios elétricos expostos, degraus mal sinalizados e iluminação insuficiente estão entre os principais fatores de risco.
Algumas intervenções simples fazem a diferença: remover tapetes ou fixá-los com fita antiderrapante, instalar barras de apoio em banheiros e corredores, usar iluminação automática em locais de passagem noturna e organizar os móveis de forma a criar caminhos livres para a circulação.
Também é aconselhável manter objetos de uso frequente ao alcance, evitando a necessidade de subir em bancos ou esticar-se demais.
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Avaliação e ajuste da medicação
Certos medicamentos comumente prescritos a idosos podem provocar efeitos colaterais que comprometem o equilíbrio, como tonturas, sedação ou queda de pressão. O uso simultâneo de vários remédios (polifarmácia) potencializa esses efeitos.
É imprescindível que a lista de medicamentos em uso seja revisada periodicamente por um profissional habilitado, como um geriatra ou farmacêutico clínico.
Pequenas alterações nas dosagens ou substituições bem indicadas podem reduzir significativamente os riscos associados à instabilidade postural.
Escolha adequada de calçados
Calçados inadequados contribuem para escorregões e tropeços. Sapatos com sola lisa, chinelos abertos ou modelos muito largos oferecem pouca estabilidade ao caminhar.
A recomendação é optar por calçados fechados, com sola emborrachada, boa aderência ao pé e palmilhas que proporcionem conforto e absorção de impacto.
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