O esporão no calcanhar é uma formação óssea que surge geralmente na face plantar do calcâneo, ponto de inserção da fáscia plantar.
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A alteração ocorre por estímulo mecânico crônico, resultando em uma projeção semelhante a um pequeno gancho visível em exames de imagem.
Embora nem sempre provoque dor, pode estar relacionado a inflamações locais e comprometer o bem-estar durante atividades simples, como caminhar ou permanecer em pé por longos períodos.
Formação do esporão
O processo de formação do esporão está ligado a microtraumas repetitivos na região plantar, estímulos que promovem inflamação e calcificação progressiva no ponto de inserção da fáscia plantar no osso calcâneo.
Com o tempo, o corpo deposita cálcio para “reparar” o tecido lesionado, levando à criação da projeção óssea.
É uma situação comum em pessoas que realizam atividades com impacto repetido nos pés, como corrida, caminhada de longa distância e esportes de salto.
Além disso, fatores biomecânicos, como o tipo de pisada e a presença de pé plano ou cavo, favorecem a sobrecarga no local.
Alterações na marcha, provocadas por fraqueza muscular ou desequilíbrios posturais, também aumentam o risco, enquanto o excesso de peso corporal exerce pressão contínua sobre o calcanhar e acelera o processo inflamatório.
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Sintomas mais comuns
O esporão no calcanhar nem sempre é doloroso. Em muitos casos, é um achado radiológico em pacientes sem queixas.
No entanto, quando sintomático, manifesta-se por dor localizada na região inferior do calcanhar, descrita como uma pontada ou sensação de que se pisa em um objeto duro.
A dor costuma ser mais intensa nos primeiros passos após acordar ou após períodos prolongados de repouso.
Com a movimentação, os sintomas podem diminuir, mas retornam após esforços repetitivos. Em casos mais avançados, a dor pode se tornar constante, mesmo em repouso, interferindo na deambulação e nas atividades cotidianas.
É comum que o quadro esteja associado à fascite plantar, inflamação do tecido que recobre a planta do pé. Nesses casos, o paciente apresenta rigidez matinal, dificuldade em apoiar o pé no chão e sensibilidade aumentada ao toque na região do calcanhar.
Tratamento conservador
A maioria dos casos de esporão no calcanhar responde bem a medidas conservadoras, sem necessidade de cirurgia.
O tratamento inicial envolve repouso relativo, evitando atividades que intensificam a dor. A aplicação de gelo na região ajuda a reduzir a inflamação e o desconforto.
O uso de calçados adequados, com bom amortecimento e suporte para o arco plantar, é essencial.
Palmilhas ortopédicas confeccionadas sob medida podem redistribuir a pressão nos pés e reduzir a sobrecarga no calcâneo. Em alguns casos, talas noturnas auxiliam no alongamento da fáscia plantar durante o sono.
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O tratamento fisioterápico é amplamente utilizado, incluindo exercícios de alongamento da fáscia plantar, panturrilha e tendão de Aquiles.
Já técnicas como ultrassom terapêutico, ondas de choque e liberação miofascial também são recursos empregados para controle da dor e estímulo à cicatrização.
Medicamentos anti-inflamatórios podem ser prescritos em fases agudas, mas seu uso deve ser limitado devido a possíveis efeitos colaterais.
Em situações de dor persistente, a infiltração local com corticoide pode trazer alívio temporário, embora não seja uma solução definitiva.
Cirurgia
A intervenção cirúrgica é considerada apenas quando todas as abordagens conservadoras falham após meses de tratamento.
O procedimento envolve a remoção do esporão e, em alguns casos, o descolamento parcial da fáscia plantar. Apesar de eficaz em certos pacientes, a cirurgia apresenta riscos de complicações, como dor residual e alteração da biomecânica do pé.
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