A hiperflexibilidade articular é a capacidade de mover articulações além do limite considerado habitual.
Embora muitas vezes seja vista como um traço positivo, especialmente em atividades que exigem amplitude de movimento, ela pode estar associada a problemas importantes quando ultrapassa a adaptação funcional e começa a comprometer a estabilidade, o controle motor e o conforto do corpo.
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Características e variações clínicas
Em termos fisiológicos, a hiperflexibilidade articular pode ocorrer por fatores genéticos, alterações no colágeno, frouxidão capsuloligamentar ou mesmo desequilíbrios musculares.
Ela aparece com frequência em crianças e tende a diminuir com o tempo, embora em algumas pessoas persista na vida adulta, com ou sem sintomas associados.
Há um espectro de manifestações clínicas. Algumas pessoas apresentam articulações soltas, mas estáveis, sem dor nem queixas.
Outras, no entanto, lidam com sintomas frequentes, como dor, sensação de fraqueza, instabilidade articular, fadiga muscular e entorses de repetição.
Em quadros mais amplos, a hipermobilidade faz parte de síndromes genéticas como a Síndrome de Ehlers-Danlos (tipo hipermobilidade), que afeta a estrutura do colágeno e pode gerar repercussões sistêmicas.
Sintomas e comprometimentos funcionais
A dor articular é um dos principais motivos de busca por atendimento médico nesses casos. Muitas vezes ela é difusa, intermitente e se agrava com atividades prolongadas ou repetitivas.
A musculatura adjacente, ao tentar compensar a instabilidade articular, pode gerar tensão crônica e sensação de cansaço muscular mesmo após esforços leves.
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Lesões ligamentares, tendinopatias e subluxações recorrentes também são comuns. O tornozelo, o joelho e o ombro estão entre as articulações mais afetadas.
Além disso, desequilíbrios posturais e sobrecargas compensatórias em outras áreas do corpo tornam-se frequentes, dificultando a prática esportiva e até mesmo as atividades do dia a dia.
Alguns indivíduos relatam sensação de insegurança ao se movimentar, como se as articulações fossem “falhar” ou “escapar”.
Em certos casos, há também sintomas viscerais associados, como tonturas ou disfunções gastrointestinais, quando a hipermobilidade faz parte de um quadro mais amplo.
Diagnóstico e avaliação clínica
A avaliação clínica envolve testes específicos de amplitude e estabilidade articular, como o escore de Beighton.
É importante investigar a presença de dor persistente, histórico de lesões recorrentes e outros sinais de comprometimento funcional.
Em casos suspeitos de síndromes genéticas, o encaminhamento para avaliação com geneticista pode ser necessário.
A abordagem deve ser individualizada, levando em conta o grau de hipermobilidade, os sintomas associados e o impacto na qualidade de vida da pessoa.
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Estratégias terapêuticas
O tratamento da hipermobilidade sintomática envolve múltiplas estratégias. A primeira delas é o fortalecimento muscular focado na estabilidade articular.
Exercícios de controle motor, propriocepção e resistência são fundamentais para promover o suporte ativo das articulações. Treinos funcionais que priorizem a coordenação e o equilíbrio também costumam trazer bons resultados.
Deve-se evitar alongamentos excessivos ou passivos, especialmente nas articulações já instáveis. Em vez disso, o foco deve ser a ativação consciente da musculatura estabilizadora.
Papel das órteses e faixas na estabilização articular
Um ponto que merece destaque é o uso de órteses e faixas funcionais. São recursos que têm a função de oferecer suporte mecânico externo às articulações instáveis, reduzindo o risco de movimentos excessivos e aumentando a segurança nas atividades diárias ou esportivas.
Órteses podem ser indicadas para articulações como punhos, joelhos, tornozelos e ombros. Em geral, são ajustáveis e devem ser utilizadas conforme orientação profissional, para não gerar dependência nem inibir a ativação muscular desejada.
As faixas elásticas (como bandagens funcionais ou kinesiotapes) também são amplamente utilizadas. Elas fornecem estímulo proprioceptivo que ajuda o cérebro a “sentir” melhor a posição da articulação, contribuindo para o controle motor.
Quando aplicadas corretamente, podem reduzir a dor e melhorar o desempenho funcional, principalmente durante movimentos específicos que causam desconforto.
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