A perda progressiva da mobilidade é uma das manifestações mais impactantes em pacientes com doenças degenerativas do sistema nervoso central ou musculoesquelético.
A limitação funcional decorrente desses quadros compromete não apenas a locomoção, mas também a autonomia nas atividades da vida diária, o equilíbrio postural e o desempenho motor global.
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Condições como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), a esclerose múltipla (EM), a doença de Parkinson (DP) e diversas formas de atrofias musculares espinhais compartilham características de declínio motor contínuo.
Por isso, acabam exigindo estratégias específicas de intervenção para retardar a progressão da incapacidade e preservar a funcionalidade pelo maior tempo possível.
O manejo clínico da mobilidade exige abordagem individualizada, pautada na avaliação multidimensional das limitações e das capacidades remanescentes do paciente.
Fisioterapia motora e cinesioterapia adaptada
A prescrição de exercícios terapêuticos em pacientes com doenças degenerativas deve considerar o estágio clínico da enfermidade, a presença de rigidez, espasticidade ou fadiga, e os padrões compensatórios de movimento.
Protocolos de cinesioterapia ativa e resistida, com foco em fortalecimento muscular de membros inferiores e tronco, têm se mostrado eficazes na manutenção da marcha funcional, especialmente em estágios iniciais de Parkinson e EM.
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O uso controlado de exercícios aeróbicos, como a bicicleta ergométrica ou a esteira com suporte de peso, pode contribuir para a preservação da capacidade cardiorrespiratória, desde que ajustado à tolerância individual.
Já técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), treino de transferência postural e atividades de dupla tarefa são recomendadas para o aprimoramento da coordenação motora e prevenção de quedas.
Reabilitação com tecnologias assistivas
Dispositivos de auxílio à marcha e sistemas de suporte robótico têm evoluído como complementos relevantes no manejo da mobilidade reduzida.
Em pacientes com comprometimento significativo da força muscular proximal ou controle postural instável, o uso de órteses, como tornozeleiras estabilizadoras ou coletes de tronco, pode otimizar o alinhamento biomecânico e reduzir o gasto energético durante a locomoção.
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Sistemas robóticos de reabilitação, como exoesqueletos motorizados ou esteiras com feedback sensorial, têm demonstrado benefício em protocolos intensivos de treino de marcha, especialmente em contextos hospitalares ou ambulatoriais de alta complexidade.
Além disso, a integração de sensores inerciais portáteis e plataformas de realidade virtual pode auxiliar no monitoramento contínuo da performance motora e na personalização das metas de reabilitação.
Estratégias ambientais e ergonômicas
A adaptação do ambiente doméstico e institucional é componente necessário da abordagem terapêutica voltada à preservação da mobilidade funcional.
Instalar barras de apoio em corredores e banheiros, fazer o rebaixamento de soleiras e reorganizar o mobiliário para favorecer rotas de circulação livre são intervenções simples que impactam diretamente na capacidade de deslocamento seguro.
A ergonomia dos utensílios de uso diário, como talheres, controles e objetos de higiene pessoal, deve ser ajustada às limitações motoras finas, reduzindo a dependência de terceiros.
Em fases avançadas, a substituição de degraus por rampas e o uso de cadeiras de rodas motorizadas com controle postural tornam-se medidas indispensáveis à manutenção da autonomia parcial.
Enfoque interdisciplinar e acompanhamento longitudinal
O controle da progressão da limitação funcional também depende de acompanhamento contínuo e ajustes frequentes das estratégias terapêuticas.
Avaliações periódicas da marcha (por meio de escalas como Tinetti e Timed Up and Go), da força muscular (MRC) e da capacidade funcional global (Barthel, EDSS ou Hoehn & Yahr, conforme a condição) permitem readequar os objetivos terapêuticos com base na evolução clínica.
É importante destacar que barreiras emocionais como apatia, medo de quedas ou depressão reativa devem ser abordadas desde os estágios iniciais, com suporte psicoterapêutico quando necessário.
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