A coluna vertebral é uma estrutura complexa e flexível que sustenta o corpo e protege a medula espinhal.
Porém, quando uma de suas vértebras se desloca em relação à outra, surge uma condição chamada espondilolistese.
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O problema pode causar dor, limitação de movimento e, em casos mais graves, comprometer nervos importantes. Entenda mais sobre a espondilolistese a seguir:
Como ocorre o deslizamento das vértebras?
A espondilolistese acontece quando uma vértebra escorrega para frente em relação à vértebra logo abaixo, o que pode ocorrer em diferentes graus e devido à várias causas possíveis.
Em adultos, é comum estar associada ao desgaste natural das articulações da coluna, conhecido como artrose.
Já em adolescentes e jovens, o problema costuma aparecer por causa de microfraturas de repetição em atividades que exigem hiperextensão lombar, como ginástica, futebol e levantamento de peso.
Também pode surgir após quedas, acidentes ou cirurgias na região lombar. Em pessoas idosas, o enfraquecimento dos ligamentos e a degeneração dos discos intervertebrais aumentam a instabilidade, favorecendo o deslocamento.
Em menor proporção, há casos congênitos, em que a pessoa já nasce com uma alteração óssea que facilita o escorregamento.
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Sintomas mais comuns
A intensidade dos sintomas da espondilolistese varia conforme o grau de deslocamento e o local afetado, geralmente na região lombar.
A dor na parte baixa das costas é o sinal mais frequente e tende a piorar com o esforço físico ou permanência prolongada em pé.
Muitas pessoas relatam rigidez, sensação de fraqueza nas pernas ou formigamento que se estende até os pés, resultado da compressão dos nervos.
Em quadros leves, a dor aparece de forma intermitente e melhora com repouso. Quando o deslizamento é maior, o desconforto se torna constante, interferindo nas atividades diárias e no sono.
Além disso, há situações em que a postura fica alterada, com aumento da curvatura lombar e dificuldade para andar ereto.
Como é feito o diagnóstico da espondilolistese?
O diagnóstico é obtido a partir da avaliação clínica e de exames de imagem. O médico observa a postura, os movimentos da coluna e a presença de dor localizada.
Radiografias simples costumam mostrar o alinhamento das vértebras e o grau do deslizamento.
Em alguns casos, solicita-se tomografia computadorizada ou ressonância magnética para avaliar com mais detalhes a estrutura óssea, o disco intervertebral e os nervos.
O exame físico é importante para diferenciar a espondilolistese de outras causas de dor lombar, como hérnias de disco e contraturas musculares.
O histórico do paciente, especialmente em relação a atividades físicas, traumas e doenças prévias, ajuda a definir a origem do problema e orientar o tratamento adequado.
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Tratamentos disponíveis
O tratamento depende da gravidade e dos sintomas apresentados. Em grande parte dos casos, o tratamento conservador é suficiente para controlar a dor e estabilizar a coluna.
Essa abordagem inclui fisioterapia, fortalecimento dos músculos do abdômen e das costas, alongamentos e orientações posturais, enquanto o uso de medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios pode ajudar a aliviar a dor durante as crises.
A fisioterapia tem um papel essencial na recuperação. O fortalecimento do core, região que envolve abdômen e lombar, reduz a sobrecarga sobre as vértebras e melhora o equilíbrio da coluna.
Alongamentos orientados e exercícios de estabilidade ajudam a restaurar o movimento sem causar dor.
Em alguns casos, o uso temporário de um colete ortopédico auxilia na sustentação e limita o deslizamento.
Quando o deslocamento é acentuado ou há compressão importante de nervos, a cirurgia pode ser indicada.
O procedimento varia conforme o caso, mas normalmente busca corrigir o alinhamento e fixar as vértebras com parafusos e hastes metálicas.
A decisão cirúrgica leva em conta fatores como idade, sintomas e qualidade de vida. Após a operação, o acompanhamento fisioterapêutico é fundamental para recuperar força e mobilidade.
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