A fase após a retirada do gesso em um paciente exige atenção especial, com medidas que favorecem a recuperação completa e a retomada das atividades do dia a dia.
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A imobilização, por mais necessária que tenha sido para a recuperação do osso, traz alterações significativas para o corpo.
Por isso, é comum sentir rigidez, dor leve, pele ressecada e até insegurança para movimentar o membro novamente.
Confira neste artigo quais são os cuidados mais importantes nesse período, desde a higiene até a reabilitação com apoio de dispositivos ortopédicos, quando necessário:
Higienização da pele
Durante o tempo em que o gesso permaneceu no corpo, a pele ficou coberta, sem ventilação adequada, o que favorece o acúmulo de células mortas e ressecamento. Logo após a retirada, é comum que a região esteja descamada e com aspecto esbranquiçado.
A primeira recomendação é uma limpeza suave. Nada de esfregar com força ou utilizar objetos pontiagudos para retirar as camadas acumuladas.
Um banho morno com sabonete neutro costuma ser suficiente para amolecer a pele. Depois, a hidratação deve ser diária, com produtos simples, preferencialmente sem perfumes fortes, para evitar irritação.
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Cuidado com a sensibilidade
Outra mudança que muitas pessoas percebem é a alteração na sensibilidade do local. O membro pode estar mais “estranho” ao toque, com formigamento ou até sensação de dormência leve.
A alteração ocorre porque os nervos e a circulação ficaram parcialmente comprometidos pelo período de imobilização.
Massagens suaves, realizadas em casa ou com orientação profissional, ajudam a reativar a circulação. A movimentação também contribui para recuperar a sensibilidade.
Reforço da mobilidade
A rigidez articular é talvez uma das queixas mais comuns após a retirada do gesso. O corpo se adapta ao período de imobilização, e os músculos e tendões acabam perdendo flexibilidade. O resultado é dificuldade para dobrar, esticar ou girar o membro afetado.
A melhor maneira de lidar com isso é iniciar movimentos leves e progressivos. Simples atividades do dia a dia, como abrir e fechar a mão, movimentar o tornozelo em círculos ou levantar suavemente o braço, já ajudam bastante.
Na maioria dos casos, o médico indica sessões de fisioterapia, que são fundamentais para acelerar a recuperação e prevenir sequelas.
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Fortalecimento muscular gradual
Enquanto o osso cicatriza, os músculos ficaram sem estímulo, levando à perda de massa muscular e deixando o membro mais fino e enfraquecido.
Retomar a força não acontece de um dia para o outro. É um processo gradual que deve ser acompanhado por profissionais.
O fisioterapeuta pode indicar exercícios específicos para cada caso, com cargas leves e repetições curtas no início. Conforme o corpo responde, a intensidade é aumentada.
Atenção à postura e ao equilíbrio
Após semanas ou meses usando gesso, o corpo cria hábitos posturais para se adaptar. Quem usou gesso em uma perna, por exemplo, pode ter modificado a forma de andar, apoiando mais peso de um lado.
Já quem ficou com o braço imobilizado, muitas vezes altera os movimentos para realizar tarefas diárias com apenas uma mão.
As adaptações, se não forem corrigidas, podem gerar dores nas costas, quadris ou ombros. Por isso, além da fisioterapia, é importante observar a postura no dia a dia e dar preferência a atividades que estimulem o equilíbrio, como caminhadas leves e alongamentos guiados.
Escolha de dispositivos ortopédicos quando necessário
Em alguns casos, a recuperação após a retirada do gesso pode precisar de apoio extra. Órteses, tornozeleiras, muletas ou palmilhas podem oferecer estabilidade e segurança enquanto o corpo readquire força e confiança.
O uso desses dispositivos deve ser sempre orientado por um especialista, que avalia a necessidade individual e indica o modelo adequado.
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